Câmeras são usadas para localizar veículos roubados na Baixada Fluminense

Imagens de centros de monitoramento de Duque de Caxias e São João de Meriti também ajudam em investigações policiais

Imagens de centros de monitoramento de Duque de Caxias e São João de Meriti também ajudam em investigações policiais

Créditos do fotógrafo Reprodução

Postado em 04/04/2023
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Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, dia 3 de março. Um homem desce do banco do carona de um automóvel, se aproxima de uma motocicleta estacionada, faz uma ligação direta e furta o veículo. A cena é flagrada por uma das 320 câmeras instaladas na cidade pelo município, que de forma imediata, repassa a imagem para o Centro Integrado de Comando e Controle da Baixada Fluminense (CICC-BF), localizado no bairro Jardim 25 de Agosto. Cinco dias depois, outro equipamento de vídeo flagra o carro que deu cobertura ao bandido se deslocando no município. A Polícia Militar é avisada e consegue interceptar o automóvel.
 

O fato descrito acima, que ajudou a polícia na investigação do furto de uma moto, não é um caso isolado. Só em 2023, câmeras instaladas em Duque de Caxias ajudaram na localização e interceptação de um total de 40 veículos. Abordados por policiais militares, todos os automóveis constavam como furtados ou roubados nos bancos de dados do Ministério da Justiça. De acordo Dhiego Berg Araújo de Almeida, diretor do Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública da Baixada Fluminense ( CISPBAF), existem dois tipos de equipamentos de monitoramento instalados ao longo dos quatro distritos de Duque de Caxias. Parte das câmeras têm capacidade de fazer o reconhecimento facial e corporal das pessoas. O restante é usado na leitura de placas de veículos com acesso imediato ao banco de dados disponibilizado pelo Ministério da Justiça, onde é possível consultar a situação legal de um carro, moto, caminhão ou ônibus. O primeiro equipamento tem sido utilizado para localização de desaparecidos. O segundo para monitorar o trânsito e para encontrar veículos roubados ou furtados

—No ano passado, câmeras de reconhecimento facial ajudaram a encontrar uma pessoa que estava desaparecida . A polícia foi avisada e o idoso sumido foi localizado, no Centro do município, e entregue para sua respectiva família. No dia 16 de março, nossas câmeras também flagraram um dos veículos que participaram dos ataques que deixaram ônibus incendiados em bairros da cidade e também na Washington Luís. Todas as informações foram repassadas para a polícia — disse o diretor do CICC-BF.
 

O órgão foi inaugurado em julho do ano passado, mas ainda depende da instalação de câmeras em outros municípios para funcionar de forma integrada. A previsão é a de que, num futuro próximo, 19 municípios, sendo 13 da Baixada Fluminense, centralizem no CICC-BF as imagens produzidas em suas respectivas cidades. São João de Meriti, por exemplo, é um dos municípios que já dispõem de um centro de monitoramento funcionando de forma isolada. No dia 2 de março último, algumas das 90 câmeras instaladas pela Prefeitura flagraram a ação de um bando armado, que explodiu uma agência da Caixa Econômica Federal, no Centro da cidade. Com o impacto, vidros e paredes do primeiro pavimento do edifício foram parcialmente destruídos. A gravação foi enviada para as Polícias Militar e Civil para auxiliar na investigação que tenta identificar a quadrilha. Na ocasião, os bandidos fugiram sem nada levar.

Segundo o município, o sistema integrado de monitoramento de câmeras foi inaugurado na cidade, em dezembro. As câmeras estão instaladas em pontos estratégicos. O equipamento é operado por agentes, treinados pela Secretaria de Ordem Pública da cidade, e funciona em parceria com a Polícia Militar.

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